Escritor-poeta potiguar Janduhí Medeiros homenageia Vital Farias
O
mundo artístico brasileiro perdeu um grande nome, o cantor e compositor
paraibano Vital Farias. Deixa um significativo legado musical, perfilando ao
lado de trovadores como Elomar e Xangai. A sua ‘Saga da Amazônia’ é um hino à
floresta-pulmão do mundo. No ensejo de homenagens à memória de Vital, o
escritor-poeta potiguar Janduhí Medeiros lançou mão de sua pena e compôs o poema aí
abaixo.
NOSSA SAGA
Por Janduhí Medeiros
Vital, trovador de vozes silenciadas,
cantou o sertão, a vida embrenhada,
mas a Amazônia foi sua epopeia,
onde a floresta, nativa, incendeia.
A voz ecoou pelos rios sem voz,
desvendando histórias que vivem em nós,
das árvores velhas, dos povos ancestrais,
dos versos que clamam por dias de paz.
Saga de verde, de lutas latentes,
onde os índios choram em vales dormentes.
Vital cantou o clamor da terra ferida,
por justiça, por vida, por causa esquecida.
Na toada firme, um apelo ficou:
protejam as ocas que a história abraçou.
E cada acorde que a música entoa
faz brotar esperança onde a dor ressoa.
Vital Farias, poeta do chão,
seu canto é a força de nossa nação.
Saga da Amazônia — memória, raiz,
um chamado ao mundo para ser feliz
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