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Nota do GEPEDUSC sobre falsa autoria

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Um conjunto de universidades e pesquisadores têm constituído uma rede nacional de combate a plágios e fraudes acadêmicas (Universidades BR), sobretudo em dissertações, teses e artigos. Tal fato tem resultado, após apurações, em cassação de diplomas, despublicações de artigos e outras medidas punitivas. Infelizmente, existem situações sob investigação na Paraíba, e no tocante especificamente à UFPB, casos de plágio e fraude já foram constatados, levando à perda de diploma. Diante desse quadro, a UFPB tem reiterado o que estabelece a Resolução CONSEPE nº 79/2013/Regulamento Geral dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu , assim como tem recomendado atenção aos/às professores/as nos processos de orientação de trabalhos e de publicação de artigos, ademais de recomendar que grupos de pesquisa se manifestem sobre a questão, expondo   informações e as suas perspectivas. Dessa forma, o GEPEDUSC se posiciona nos seguintes termos: 1) Que as apresentações de trabalhos de pesquisa em s...

Aprender a ler, aprender a conhecer e construir conhecimento autonomamente: a leitura e as suas modalidades

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  Já há muito tempo que a linguagem e os processos de leitura e de escrita têm sido objeto de investigação   científica, podendo ser mencionadas, a respeito, abordagens como as de Vygotsky, Bakhtin, Noam Chomsky, Emília Ferreiro, Ana Teberosky, Mariana Miras e as das Neurociências,   entre várias outras. No fundo, trata-se de uma área da cognição humana e da sua relação com os condicionamentos societais, que, requerendo enfoque analítico-científico e profissionalismo,   não se coadune com improvisos e embustes. Tendo isso em atenção, em julho, o GEPEDUSC realizará mais um seminário incursionando na referida temática, tendo como título Aprender a ler, aprender a conhecer e construir conhecimento autonomamente: a leitura e as suas modalidades . O seminário será ministrado pela Pedagoga, Mestra em Psicologia e Doutoranda em Educação Nathália Potiguara, sob a coordenação da Profa. Doutora Aline Cleide (Departamento de Educação – CCAE/UFPB). O aporte bibliográfico ao semi...

A escrita que (trans)forma: anotações interpretativas

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    (Modo de citação: GEPEDUSC. Série Materiais de Formação: A escrita que (trans)forma - La escritura reflexiva: aprender a escribir y aprender acerca de lo que se escribe , de Mariana Miras. Mamaguape-PB: CCAE/UFPB, 2024) A prender a conduzir os próprios processos mentais através das palavras é uma parte integral do processo de desenvolvimento analítico e conceitual ( Lev Vygotsky)  A linguagem e o pensamento são dois processos cognitivos diferentes que estão      intrinsecamente ligados ( Lev Vygotsky)  1 – Pesquisas contemporâneas têm se dedicado ao estudo em profundidade do ato de escrever, e têm feito descobertas significativas. Entre outros estudiosos/trabalhos, podem ser citados - Mariana Miras: “La escritura reflexiva: aprender a escribir y aprender acerca de lo que se escribe” - Linda Flower e John Rayes:   “The Cognition of Discovery: Defining a Rhetorical Problem; Identifying the Organisation of Writing Processes” - Carl Ber...

Ignorâncias, intermitências e complexidades em torno de uma cor: a superficialidade da aparência e a profundidade da essência

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  Por João Bernardo  Paul Valéry escreveu num livro publicado pela primeira vez em 1931: «A História é o produto mais perigoso que a química do cérebro elaborou. As suas propriedades são bem conhecidas. Faz sonhar, embriaga os povos, cria-lhes falsas memórias, exagera-lhes os reflexos, nutre-lhes as velhas mágoas, atormenta-os no repouso, condu-los ao delírio das grandezas ou ao da perseguição e torna as nações amargas, arrogantes, insuportáveis e vaidosas». Naquela época eram os fascismos, mobilizadores dos ressentimentos nacionais, que inquietavam Paul Valéry. Mas, hoje, às nações somaram-se as identidades, todas elas amargas, arrogantes, insuportáveis e vaidosas. O ressentimento, que gera o rancor, tem um carácter obsessivo, preenche o horizonte, tinge os factos e estimula invenções convenientes. Por isso no movimento negro contemporâneo tudo é interpretado em função de um tema exclusivo — o mito da cor. Essa cor é, evidentemente, a cor negra. Mas é aí que surgem os problem...

Seminário aprender a escrever e aprender com o que se escreve

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  O que é escrever? Qual é a função da linguagem escrita? O que é ler? Quais os paradigmas cognitivos de composição da escrita, isto é, de desenvolver o ato de escrever? Qual é a relação entre escrever e pensamento autônomo, ou seja, do próprio autor? Em que marcos se estabelecem a conexão entre transformação da realidade, transformação do conhecimento e escrita?   Em trabalhos escolares, universitários, monografias, dissertações e teses, como tais indagações podem ser equacionadas? Essas e outras questões têm estado, fortemente, no centro dos debates da pesquisa educacional avançada atual, principalmente em decorrência da proliferação de casos e fraudes que degradam a escrita (e a leitura) com a mecanização, como se de uma linha de montagem industrial se tratasse, fabricando produtos em série (no caso, textos). Essa ‘perspectiva industrial’ da escrita incorre numa dupla ignorância científica: o desconhecimento absoluto da psicogênese da linguagem escrita e da função epistêm...

Crise ecológica e previsões de tsunamis no Nordeste brasileiro

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Por Ivonaldo Neres Leite Registra a história dos estudos ambientais que quando, na década de 1990, pesquisadores como Simon Day (University of California) e Steven Ward (University College London) publicaram seus  papers  alertando para a possibilidade de uma catástrofe futura decorrente da erupção do furação  Cumbre Vieja , localizado nas espanholas Ilhas Canárias, foram muitos os que, mesmo na comunidade científica, desvalorizaram os resultados realçados por seus trabalhos. Day e Ward sinalizavam um cenário de proporções internacionais, no mínimo, preocupante.  Formularam a hipótese segundo a qual uma futura erupção do  Cubre Vieja  fará com que a sua metade ocidental (em torno de 500 km³, com uma massa de cerca de 1,5 x 1015 kg) colapse catastroficamente em um grande deslizamento gravitacional, adentrando no Oceano Atlântico, e gerando uma  megatsunami.  Os destroços continuariam a viajar como um fluxo de detritos ao longo do leito do ...