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Encontro Internacional Juventude BRICS - Moscou

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  A Escola Internacional do BRICS é uma iniciativa significativa que forma jovens especialistas em tópicos do BRICS (bloco geopolítico integrado, entre outros, por países como Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). O programa tem como objetivo desenvolver uma comunidade profissional de jovens BRICSólogos e qualificar uma nova geração de especialistas para  uma compreensão profunda sobre política, economia, cultura e outras áreas relevantes do grupo BRICS. O programa tem sido realizado, anualmente, desde 2017, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Em 2024, a iniciativa será desenvolvida  como parte do calendário oficial da Presidência Russa no grupo e será implementada com o apoio do Fundo de Diplomacia Pública Gorchakov e da Universidade MGIMO, como parte do Programa Universitário Prioridade 2030 , do governo russo. Os participantes da escola, jovens entre 18 e 35 anos, incluindo estudantes universitários e doutorandos, acadêmicos e pesqu...

A coragem de não agradar

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Na procura de conhecimentos, o primeiro passo é o silêncio, o segundo ouvir, o terceiro relembrar, o quarto praticar e o quinto ensinar aos outros. (Provérbio judaico) A arte de agradar, muitas vezes, encobre a arte de enganar. (Provérbio judaico) Perder dinheiro  é  perder pouco ;  perder  confiança é  perder  muito; mas,  perder  a  coragem,  é  perder  tudo, porque significa perder a si próprio (Provérbio judaico)   A verdade não muda porque é, ou não é, acreditada por uma maioria de pessoas. (Giordano Bruno) Por Pedro Zucchetti Filho   O livro A Coragem de não Agradar , de autoria dos escritores japoneses Fumitake Koga e Ichiro Kishimi, é uma incisiva e, ao mesmo tempo, sutil incitação ao autodescobrimento.  Ao narrar, à semelhança dos diálogos desenvolvidos por Sócrates e imortalizados por Platão, conversas mantidas entre um filósofo e um jovem na periferia de uma cidade, a obra evidencia...

O lugar da cultura na educação

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  Carlos Rodrigues Brandão (1940-2023): educação como cultura, escrita do ser para existir  Por Carlos Rodrigues Brandão   Somos seres da natureza vivida como alguma experiência de cultura. Mas o que é, em síntese, “aquilo” que tornou possível saltarmos do mundo da natureza- de-que-somos - e da qual afortunadamente nunca saímos inteiramente – para os mundos da cultura-que-criamos? A resposta deve ser procurada dentro da mente humana. Deve ser buscada na passagem da consciência reflexa = saber algo, para a consciência reflexiva = saber algo sabendo que se sabe, saber algo sabendo que se sabe e sentido algo que se sabe por saber que se sabe algo, e que se sabe que se sabe ... infinitamente. A resposta deve ser procurada, no diálogo entre nós. Ali, no momento e no lugar onde saltamos do sinal , como na fumaça do fogo para o signo, como na dança das abelhas. E, finalmente, onde saltamos para além do que nos identifica como seres-da-vida entre os animais,...

Colóquio Nacional: O Pensamento de Álvaro Vieira Pinto

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  Álvaro Vieira Pinto (1909-1987) foi um dos mais completos intelectuais brasileiros. Com formação em diferentes áreas, tornou-se Catedrático da Faculdade de Filosofia da então Universidade do Brasil (hoje UFRJ) e ganhou projeção a partir de 1956, quando se juntou ao grupo de fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), cujo Departamento de Filosofia passou a chefiar. Ali, instalado no centro dos debates do ciclo desenvolvimentista, dedicou-se a refletir, filosófica e sociologicamente, sobre os vários modos de pensar o ser nacional a partir da periferia do sistema-mundo. Nação, projeto, trabalho, desenvolvimento, construção de identidades foram temas que permearam a sua fecunda e profunda reflexão. Exerceu forte influência sobre Paulo Freire (a quem legou, por exemplo, o conceito de conscientização), Darcy Ribeiro e outros pensadores do Brasil. O golpe civil-militar de 1964 levou-o ao exílio, primeiro na Europa, depois no Chile, onde passou a dar aulas nos curso...

Seminário: O que é uma Tese de Doutorado?

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  Quais as diferenças de nível entre os trabalhos conclusivos de Curso? Entre uma Monografia de Conclusão de Curso de Graduação e uma de Conclusão de Especialização? E o que diferencia uma Dissertação de Mestrado e uma Tese de Doutorado? Em que consistem as distinções de produção e escrita de ambas? Mais concretamente: o que se espera de uma Tese de Doutorado? Essas questões e as suas respostas nem sempre são perceptíveis e entendidas, até mesmo no contexto da pós-graduação, e, como consequência, têm impacto direto na formação qualitativa de mestrandos/as e doutorandos/as. Tendo em atenção tal problemática, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Sociedade e Culturas (GEPEDUSC/UFPB-CNPq) promove, no próximo dia 15/05, o seminário denominado  O que é uma Tese de Doutorado? , a partir das 14h30, na UFPB/Campus do Litoral Norte – unidade de Mamanguape (no Laboratório de Pedagogia). Um dos aportes da discussão é a contribuição do Professor Mariano Grilli. O seminário será dina...

Manifesto Popular Brasileiro (M.P.B)

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Por Myrla Muniz (Professora de Canto Popular, Cantora, Doutoranda em Literatura - UnB)   A música de um povo reflete-se nos acontecimentos históricos, ou os acontecimentos históricos refletem-se na música de um povo? Faço esse questionamento, e logo me vem à memória o que me embalou desde a infância e construiu minha identidade nordestina, brasileira e mundividente, ou, como diria Drummond (1940), com um “sentimento de mundo”.  Percebo que essas fronteiras são móveis, os acontecimentos influíram nas músicas, e essas mesmas músicas embalaram os tempos da história, quando comecei a formar a minha identidade cultural e sentimento de pertença.  Como centenas de outras artistas brasileiras, minha trilha sonora pessoal foi composta de canções lembradas e esquecidas, por vezes canções chamadas “de protesto”, por vezes de memória mais afetiva, que iam dos boleros às salsas e merengues caribenhos, do coco e do rojão de Jackson do Pandeiro aos baiões e toadas da magia gonzagueana...

El Movimiento Fe y Alegría: sobre la necesidad de refundamentar la Educación Popular

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(Extraído de Fe y Alegría - La Educación Popular y su Pedagogía. Caracas: Federación Internacional de Fe y Alegría, 2003)  En 1985, a los treinta años de haber sido fundada, y tras un largo  proceso de reflexión, análisis y cuestionamiento, a veces difícil y conflictivo, Fe y Alegría plasmó su identidad y razón de ser en su Ideario, en el que se autodefine como “un Movimiento de Educación Popular que, frente a situaciones de injusticia, se compromete con el proceso histórico de los sectores populares en la construcción de una sociedad justa y fraterna” Fe y Alegría se atrevió a definirse como Movimiento de Educación Popular en momentos en que la Educación Popular, muy ligada a los movimientos sociales y políticos que buscaban transformar profundamente las estructuras injustas de la sociedad, miraba con desconfianza y recelo el mundo de la educación formal por considerar que era el “aparato ideológico del Estado” opresor, cuya función era reproducir la sociedad de dominación ...